Era a antiga terceira série do fundamental. Por volta dos meus oito anos de idade. Ele era aquele bonitinho que fazia todas as meninas do colégio suspirar. Eu, metidinha toda vida, nunca ia assumir que me rendia ao senso comum, mas era toda encantadinha com ele.
Ele recebia várias cartinhas anônimas de meninas se declarando, que hoje ele diz que eram todas minhas. Eu não me lembro, mas que aquilo era a minha cara, ah, isso era. Conheci minha melhor amiga nessa época, vulgo Credis. Crescemos, mas o espírito infantil nos persegue até hoje, se estivermos juntas, então, fodeu!
Por volta dos nossos doze anos, desenterramos o endereço dele (stalker legítimo não precisa de Facebook e essas tecnologias, o profissionalismo corre nas veias), fizemos cartões do IBGE e rumamos para a casa do malandro. Hoje medimos ambas metro e meio e temos cara de criança, então com doze anos tudo o que não passaríamos seria credibilidade. Mas quem disse que a gente se importava?
Qual era o nosso plano maravilhoso? Até hoje não sei. Objetivo? Menos. Só sei que a irmã dele que abriu a porta, dizendo que ele não estava. Fomos embora.
Cem homens.
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