Eu estava a trabalho em Angra dos Reis, e ele, que tinha casa lá, curtindo as férias. Sempre senti que rolava uma química entre a gente, desde quando nos conhecemos, uns três anos antes disso, e pra mim a trepada prometia. Ele foi me encontrar durante o expediente e já me deu um amasso feroz pra eu ficar esperta. Como eu só teria que estar no Rio no outro dia e ele também voltaria, me convidou para dormir na casa dele, e por lá fiquei.
Senti o primeiro baque da noite quando fomos comer e descobri que lá não havia McDonald’s. Ainda não sabia que o Bob’s seria só um dos “pode ser” daquela noite. Ao chegar na casa dele, fui tomar banho, estava bastante castigada pelo dia de trabalho. Perguntei se ele queria se juntar a mim, e ele disse que não, que usaria o outro banheiro. Já comecei a sentir o arrego. Achei estranho, mas talvez ele quisesse cagar.
Saí nua do banheiro e deitei sensualmente na cama, ele prontamente perguntou se eu queria alguma roupa dele, porque poderia pegar um resfriado. Interpretei que ele tinha desistido da trepada, vesti a roupa mais abaixa-cacete dele que encontrei e ficamos assistindo amenidades na televisão. Eu estava um pouco cansada e já que não rolaria nada, me entreguei aos braços de Morfeu, virei para o lado e ensaiei uma dormida. Ele tascou a mão na minha bunda “É, Thairis, você tem uma bunda de respeito”, “É… Tenho, ué…” respondi na maior inocência e deitada permaneci. Mas ele veio por cima e começou a beijar meu pescoço. Bom, talvez tivesse se animado novamente, me virei e comecei a corresponder.
Tiramos nossas roupas sem grandes emoções, ele não era exatamente ruim, mas não parecia empolgado “você quer mesmo fazer isso?” questionei, mas ele não se intimidou, chupou meus peitos, mordiscou e já foi logo metendo. Ou não. Notei que ele deu uma brochada, mas disfarcei, sempre tive uma filosofia que é não implicar/brincar com brochada, porque não tenho um pau pra saber como é, então tentei agir naturalmente. Ele quis insistir, e tentamos mais duas vezes, nada em nenhuma delas rolou. Fui tomar banho pois já tinha suado só pelas tentativas e, quando voltei, me deparei com ele sentado na beirada da cama chorando.
Fiquei preocupada e questionei. Ele chorava muito, de soluçar, estava aos prantos e me disse que não ia conseguir porque eu fui a primeira mulher com que ele tentava ter alguma coisa depois que terminou com a ex, que eles transavam naquela cama direto e que ele era apaixonado por ela. Eu também estava em um mau momento afetivo, apesar do meu visual de gótica suave, e aparente estilo “vida loka”, no meu fone só rolavam “evidências” e “the reason”, e acabei chorando junto com ele, em parte em solidariedade com a situação dele e em parte por me identificar e pensar na minha também.
Acabamos compartilhando nossas histórias. Ele me contou tudo o que ocorreu entre ele e a ex, o aconselhei e o encorajei a ir na casa dela falar com ela, talvez contar aquela derrota amoleceria o coração dela e ela voltaria pra ele. E assim ele fez. Não foi de imediato, mas depois de uns tempos eles acabaram voltando. No final das contas, fiquei feliz e aliviada por saber que eles voltaram. Já eu não tive a mesma sorte…
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