Livre, uma borboleta de asas tortas
Fugida do seu leilão de estimação
Às moscas, o fio de devaneio não nego
Mas evidente é a ferida que seca
Fugida do seu leilão de estimação
Às moscas, o fio de devaneio não nego
Mas evidente é a ferida que seca
Se em resquício de torpor me pego
É o meu vestígio errante que peca
Nas insistentes grades que já se vão
Cigarras desafinadas e esperanças mortas
É o meu vestígio errante que peca
Nas insistentes grades que já se vão
Cigarras desafinadas e esperanças mortas
Pousado, um pássaro com coração de leão
Vertendo veneno em dor, escorpião
Do antigo desejo que fechou sua porta
Vertendo veneno em dor, escorpião
Do antigo desejo que fechou sua porta
Nenhuma fera é domesticada em vão
De todos os planos que a vida aborta
Pouco importa o que a aorta já não corta
De todos os planos que a vida aborta
Pouco importa o que a aorta já não corta
69 sonetoS de sexo e amor rimando com dor
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