Estava com Tetuda comendo o rango de penitenciária no bandejão, com aquela típica paz no coração dada pela cobiçada combinação de frango, guaraná e doce de leite, quando sua singela cutucada me fez cair do banco. “Valentina, olha que homem lindo, parece um modelo, você precisa pegar ele”. Mal sentei e caí de novo, desta vez pelo impacto da beleza de Uh, gostoso.
Tive que abordar bem sexy “Qual seu signo?” / “Virgem e o seu?” fiquei tão impactada pela beleza daquele maxilar irretocável que sequer respondi, apenas retornei para os braços de Tetuda. “Você não perguntou o nome? Nenhum contato?” ela estava indignada, mas a verdade é que enfraqueci diante daquela obra de arte.
Nos encontrávamos esporadicamente e havia troca de olhares, eu sempre sem graça por aquela abordagem ridícula só disfarçava. Mas como Deus é pai, não é padrasto, em certa ocasião, eu estava despretensiosamente esperando o sinal fechar para atravessar a rua e Uh, gostoso veio me abordar. Conversamos amenidades e trocamos contato. Era época de copa e ele me convidou para assistir a um jogo com ele, mas o único “gol” que eu desejava ver era o das suas bolas na minha trave.
Cheguei em sua casa e notei farta quantidade de suplementos e outros veneninhos. Temi paumolecência. Temi certo. Ficamos só assistindo ao jogo mesmo. Era 2010, bem antes da fatídica goleada da Alemanha sobre o Brasil, porém eu já adiantava o 7 a 1, poderia até usar o fato para trabalhar meus talentos de “Mostra Danos”. Uns dias depois, eu estava tentando fazer a rabiola crescer na academia (vale ainda ressaltar que até hoje não houve sucesso nessa missão) e ele começou a me ligar que ia me comer e tinha que ser naquele momento.
Parecia um adolescente que aproveita uma brecha dos pais fora de casa, mas ele morava sozinho… Achei suspeito, mas fui. Em lá chegando, seu mastro encontrava-se em estado de enrijecência sem precedentes. Indignada, só pude proferir as seguintes palavras saídas do âmago “Você tomou viagra nessa porra?”. Ele confirmou e fez uma cena que queria me agradar por causa da última vez e tal. Queria deixar o recinto, mas o magnetismo daquele maxilar falava mais alto e deixei acontecer.
Ele não era o duende do gameshow, mas que magya! Tal qual o personagem, foi subindo a montanha sem fazer manha, pulava à esquerda, à direita, saltava as armadilhas, agachava e rapidamente chegou à caverna das três cordas para enfrentar a bruxa Maldiva! Cada puxada era um delírio diferente. Não é por se assemelhar a uma criatura da floresta, mas nunca vi tamanho talento bate-ogro (nesse quesito é top one insuperável no ranking, diga-se de passagem), ainda mais com aquele lindo cipó rosado encorpado. Obviamente, devi tal performance ao pirlimpimpim azul e após várias gozadas em cachoeira só cravei “Não tem chororô, esse jogo acabou!”.
Ele insistiu que deixássemos correr, fizemos novas tentativas ao longo de alguns meses, mas, apesar de bom, era sempre duvidoso. Até que, 4 anos depois, ele apelou pra tecnologia “evoluí pra um jogo mais bem-acabado de pegar anéis e enfrentar um chefão que se assemelha a um oompa loompa. Topa?” eu ia sair com Credis, então pedi que ele nos encontrasse depois, no bar..
Eu, sempre ousada e alegre, marquei logo com mais dois XY. Nick, um virjão otário que mandava nude incessantemente, e Holly, abreviatura de "hollywoodiano", devido a sua performance sexual. Nick despencou de além-Edson na alta madrugada na esperança de me madeirar. Eu não perdi a oportunidade de me pendurar no pescoço de Uh, gostoso. Credis ficou sem graçona naquele momento, tentou quebrar o gelo com piadas de gosto duvidoso, quase conseguiu nossa expulsão de Lergal, o bar.
Uh, gostoso nos contou uma linda história de amor puro e inocente entre primos. Relatou que aos 11 anos sua família o encontrou chupando a priminha, eles não entenderam que se tratava de uma carícia sem maldade alguma. Muito ignorantes e de pouca instrução, ouviram os gritos de “chupa logo essa buceta de puta, seu corno babaca” e interpretaram no mau sentido. Nunca mais permitiram a aproximação dos dois.
Chamei Credis pra dormir na casa de Uh pra eu poder dar pra ele na paz do Senhor. Antes desovamos Holly na casa dele (pausa pra pegada suave entre ele e Credis) e depois Nick em algum lugar do submundo em que espécimes de Edson ficavam. Credis estava boladinha, mas era só recalque. Ela sempre queria todos os virginianos só para ela e Uh, gostoso, com seu ascendente em escorpião, era seu complementar perfeito. A intenção era apresentá-la para um dos amigos que dividiam o apartamento com Uh, mas ele estava tão emaconhado que ela teve nojo e o repudiou imediatamente. Eu fiz uns ganhos no banheiro antes de Uh achar um quarto cheio de mofo pra Credis dormir.
Logo que chegamos ao quarto, ele trocou meu nome. Inicialmente fiquei com indignação no coração, depois notei que ele estava me chamando de Zelda. Então, com coragem, sabedoria e poder, permiti que ele adentrasse Hyrule. Que cravada! Nem Rei Arthur conseguiria tirar aquela benga de dentro de mim. Balançava mais que Donkey Kong. Atrás, na frente, dentro e fora do armário! De Kidd aquele Alex não tinha nada (a menos que fosse no sentido do Clóvis Basílio) e me fez entrar em um verdadeiro Miracle World!
Aproveitei um momento em que ele estava me comendo de lado, saquei o celular e mandei um zap boladão pra Credis “Menina, mas ele realmente tem talento! E sem Viagra” ao que ela respondeu “pelos ruídos eu estou podendo notar”, vi que sua recepção não estava boa e parei o bate-papo, me dedicando integralmente àquela trepada digníssima. Deu três seguidas e só não deu a quarta porque enfraqueci pedindo arrego, meu reino do cogumelo estava castigadíssimo, o que o redimiu das falhas iniciais no sistema, vai ver quando o conheci era versão demo.
Em todas as vezes subsequentes, ele se mostrou irretocável, cada vez melhor. Tamanho nível de bate-ogro me gerou um pequeno problema existencial. Depois que conheci a verdadeira potência do Pausteiton de Uh, gostoso, nunca mais quis brincar de tamagochi e gameboy. Quanto a Credis, posteriormente, me revelou que passou toda a alta madrugada trabalhando na Master Syririkem Evolution.
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