25.9.17

Mise en scène

Fazia seis meses que não via Valentina. Meses em que não saberia se a veria de novo. Exatos seis meses desde a última vez que tinha dado uma gozada dentro dela, para ser preciso. Foi de um jeito cru, puro instinto e instante, em um cantinho do Galeão. A memória das contrações da sua buceta volta e meia me vinham de uma forma quase material, sentia no pau a pulsação, e, inevitavelmente, me acabava em punheta, entre os gostos e os cheiros dela na minha mente.
Ela me apareceu leve, agora estava de cabelos curtos, usava um vestido curto. Já li ela inteira quando a vi caminhando na minha direção, sorriso gigante, mordendo o lábio inferior. Essa “leitura” fez o meu pau latejar. Vestido. Eu tinha acabado de sair do carro, no estacionamento do Rio Sul. Ela que tinha pedido para eu parar o carro no último estacionamento, o mais alto, ao ar livre. Pensei que ela planejara algo romântico como me mostrar a vista, com todas as luzes da cidade à noite. Bem, era isso, mas também não era  isso. E tudo me ocorreu naqueles poucos segundos entre sair do carro e ver Valentina vindo na minha direção. Chegamos juntos. O que me tirou direto desses segundos de “suspensão epistêmica” foram sua boca na minha e sua mão no meu pau, as duas chegando quase que ao mesmo tempo.

– Tava morrendo de saudade da sua boca – disse enquanto me beijava. E pegava no meu pau, que já começava a doer na calça.
Ela me empurrou contra o carro, me deixando meio sem reação, se abaixou e puxou o zíper da minha calça. Ela ia fazer isso mesmo? Ali? Era bem tarde, mas estava movimentado. Ouvia vozes ao fundo. E passos de pessoas cruzando o estacionamento atrás de mim. Fui tirado de novo dos meus devaneios pela sua boca. Dessa vez, engolindo o meu pau. Fodam-se as pessoas em volta. Na verdade, eu até gosto. Era difícil dizer o que deixava o meu pau mais duro, saber que podíamos ser surpreendidos a qualquer momento, ouvir passos e vozes tão perto, ou Valentina, sua boca escorregando em cada centímetro do meu pau.
Alternava entre lamber e chupar com força, me encarando. Aquela cara sensacional de piranha. Se afastou um pouco dando um sorriso safado, e desceu mais para chupar as minhas bolas. Eu estava com as calças no meio das pernas e as chaves do carro ainda na mão. Completamente entregue em sua boca. Joguei as chaves no chão e segurei seus cabelos com força. Puxei Valentina assim, ela revirando os olhos, sabia que era seu ponto fraco, e a coloquei de costas pra mim, apoiada no carro. Cheguei bem perto do seu ouvido, cheirando sua nuca, mordendo o seu pescoço. Dava para sentir o quanto ela estava louca de tesão só pelo cheiro.
Levantei o vestido, saber que tinha escolhido de propósito, e planejado tudo aquilo, me deixava louco. Apertei sua bunda com força, roçando o meu pau na buceta toda melada. Meti inteiro uma vez bem fundo, e senti ela me encharcar todo, até a virilha. Desci as mãos pelas suas costas, até aquela tatuagem que sempre me tirou o sono, enquanto ela rebolava devagar. Me apertava. Me controlava. Me dominava dentro dela. Ouvi um carro estacionando na vaga do lado. Meti com mais força. Ela gemeu alto. Tirei o pau da sua buceta, estava todo melado. Ela se virou e me beijou, pegando forte na minha nuca e no meu cabelo.
– Vem cá – disse com uma voz meio sussurrada, meio rouca de tesão.
A essa altura, minhas calças estavam no pé, junto com a cueca, o vestido dela pelo meio da cintura. Mas eu não tinha forças para negar. Era todo id. Me levou para a frente de onde o carro estava, tinha uma mureta baixa, com a vista indevassável. Indevassável. Bom contraste com o que estávamos fazendo. Aquela cena era um quadro: muitas pessoas passando atrás da gente agora, pareciam próximas, não sei ao certo, vozes emboladas, a vista da orla carioca à noite. E Valentina de costas toda empinada e dada para mim, me puxando para mais perto. Puxando meu pau para o seu cu. Vacilei por um momento, mas ela não deixou dúvidas.
Forcei o meu pau no seu cu, estava todo melado pela lubrificação forte da buceta, mesmo assim senti resistência. Ela se inclinou mais para mim. Assim que meti nela, senti me apertar, senti também o arrepio nas suas costas inteiras e ela amolecendo nas minhas mãos.
– Gostoso… Mete com força. Tava louca pra fuder com você de novo.
Meti tudo, segurava seus peitos, ela rebolava com força. Puxou uma das minhas mãos e chupava meu dedo, entre gemidos. Mesmo de costas, eu sabia as caras que fazia. Via na minha mente. Valentina falou que ia gozar, mas não precisava ter avisado, senti as contrações tão fortes que me fizeram gozar também, uma gozada longa, maior do que eu esperava, que se transformou em um arrepio no meu corpo todo. Só depois vi que tinha deixado as minhas mãos marcadas nela, de tão forte que a segurei nessa hora.
Nos vestimos, ela sorria pra mim com uma cara extremamente sacana. Me deu a mão e piscou pra mim forjando inocência, como se nada daquilo tivesse acontecido. O tesão aliviado voltou, reagindo automaticamente a ela, e a encarei. Bem na nossa frente, um segurança passou sem olhar na nossa direção. Nunca vou saber se ele, ou quem quer que seja, viu ou ouviu alguma coisa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário