Mas agora isso é bem literal. Vago carregando uma sacola de algum fast-food pela Nossa Senhora de Copacabana. Eu me pergunto todos os dias se seria diferente se eu vagasse na Augusta ou onde quer que fosse. Ou experimentando outras realidades. Mas é uma pergunta tão retórica que me faço já sabendo a inevitável resposta.
É a bendita falta de sentido. Em tudo. É claro que eu sei disso. É bem verdade que desde que... isso mudou um pouco. Tenho até visto aqueles fogos em coisas das quais sempre passei longe. Mas a verdade é que meus vazios permanecem.
São plurais. Porque os percebo em campos e níveis variados. São plurais também porque se recriam. Constantemente.
Tenho fome, é claro. Especialmente pelos três últimos dias só com outro lanche de fast-food no estômago. Não, a essa altura no ralo. Mas os nós que me angustiam me fazem deixar a sacola em cima da pia.
Sempre escolhi situações pelas circunstâncias e não pela singularidade. O erro que tanto condeno. Poderia dizer que a opção que me escolheu - afinal, somos fadados a certas reincidências -, mas seria mentira. Eu, todo impulso e inconsequência, sou cartesiano. Eu sou sempre cartesiano. E peco. Mais uma vez.
Viver singularidades é sempre algo catastrófico, sobre as circunstâncias você ainda consegue qualquer controle. É que às vezes me vêm aqueles lapsos, aqueles "como seria", aqueles... Acho que não nasci mesmo para optar entre faces tão opostas que de suas discordâncias não me dão nenhuma trégua.
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