31.12.17

Façam essa porra acontecer

Fico me perguntando por que nós dois simplesmente não bancamos e vivemos isso de verdade, de uma vez. Agora.

Sem punheta mental.

Sem andar nas beiradas, só molhando o pé na água. Por que a gente não mergulha logo, se tá um calor do caralho? Por que a gente não se lambuza, se a vontade latente já pulsa há meses? Por que a gente simplesmente não se joga, sem pensar muito em controlar o que não podemos? Por que não paramos de cautela e circular por nossos desejos e entramos de uma vez nisso e vivemos tudo? Tudo mesmo.

Façam, apenas façam. Não cedam a promessas de Ano-novo. Promessas ficam nas mãos do acaso, do destino, de qualquer merda. Promessas não vão te levar pra frente. Cedam à ação. Enlacem seu destino, puxem sua vida pelos cabelos. Saiam dessa inércia, tudo está bem nas suas mãos, o que te amarra e impede de viver e enxergar é você mesmo.

Domine o mundo agora, você pode. Ele é seu. Todas as possibilidades. Você pode todas as coisas e isso não depende nem de ninguém nem de um toque místico do acaso que vai te indicar o caminho em algum momento. Esperar é morrer aos poucos, e você está bem vivo. Respire bem fundo agora e contemple o quanto viver é mágico.

Saiam dessa linha segura onde nada acontece, a vida não leva nada pra quem age assim. A vida acontece agora e aqui, mas só pra quem faz. É o movimento o que te impulsiona. Peguem esse novo ano que tá começando e parem de promessas, esperas, receios e se joguem.

Façam essa porra, qualquer que seja ela, acontecer. Façam agora, apenas façam. Voem.
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Originalmente publicado em Poligrafias.

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