25.1.18

Desculpa, mas você se fudeu

Confiança é um negócio difícil demais; para pessoas fodidas como eu, mais ainda. Apesar disso e do pouco tempo, nós dois estávamos começando a construir um laço, eu sei, não precisa vir me mandar mensagem falando o óbvio. Eu conheci algumas fraquezas suas, você conheceu minha casa, o que se você pensar bem dá no mesmo.

E eu deixei a porta aberta pra você, coisa que não faço. Eu me mostrei, coisa que faço ainda menos. Tivemos uns tropeços logo de cara, e passamos por cima com louvor, fiquei orgulhosa em pensar que aquele feto de relação que tínhamos estava amadurecendo; mesmo que fosse pra virar uma amizade depois, se parássemos de ficar, mas já vi que nem pra isso você serve.

Não era “só” porque não era nada sério que não precisava ter consideração, cuidado e respeito, não tente argumentar comigo. Essas coisas são o mínimo até quando se cumprimenta um desconhecido na rua.

Você acha que estou sendo radical, te cortando da minha vida no primeiro vacilo, que nem foi tão grande assim, e que isso demonstra frieza ou que nunca me importei contigo. Repare, é totalmente o oposto.

Ainda que seu vacilo não tenha sido nada absurdo, você é bem inteligente pra entender que tudo tem um lado simbólico, e isso é que mata, então não se faça de desentendido.

Não, não tem mais jeito, te respondo agora, pode tirar essa cara de interrogação aí. E eu fui legal, porque eu te avisei. É, eu avisei com antecedência, você sabe. Então não tem nem como se esquivar dessa, não tente.

Não adianta nada do que você fizer. Quebrar confiança (uma semente de confiança, aliás…) logo no início, assim de cara, é foda. E por ter sido uma coisa tão boba só piora tudo, então não tem jeito mesmo. Não me venha com “mas eu gosto de você” e seus etc., eu nem quero saber. Só usa a experiência pra aprender pra próxima, vá com Deus, já vai tarde.

Desculpa, mas você se fudeu.

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