A fábula dos extremos constrói a calha
Da obediência à superfície dos juízos
Engrossando o caldo em que na mesma calçada
Andam Bach e Nego do Borel de mãos dadas
A água e o vitral são elementos sábios
Vítreos, enquanto uma distorce, o outro talha
Identidade e razão, à prova de falhas,
Jazem em mesas-redondas de universidades
O pulso que ama em crimes se desvanece
E o cimento que te abriga da tempestade
Aguarda mudo a inscrição dos epitáfios
A estricnina te estampa leve um sorriso
E o ar, premissa vital, também te adoece
É que, de perto, tudo é mais do que parece
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Métrica alexandrina
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