Você, que maldita.
Me vem toda leviana dizer que sonhou com minha boca no meio das suas pernas. E eu já queimo de vontade de sentir suas coxas apertando meu pescoço.
Foi naquela livraria.
Palestra, dia de semana. O tédio dos nossos compromissos e sua calcinha branca toda enfiada marcando por baixo do vestido.
Certos descuidos deveriam ser crime. Alça caindo insistente, sorriso de lado, cruzada de pernas.
Foi no estoque, aliás.
Dei uma carteirada pra procurar qualquer coisa, como se fosse da editora. A sua cara.
Você leu meus lábios: puta, sussurrei quase num gemido.
No segundo depois a mesma calcinha estava entre os meus dentes.
Sua mão arranhando a estante; as minhas correndo pelos seus peitos, cintura, quadril.
Você se contorcendo na minha boca. Várias vezes. A gente derrubando a porra toda.
E sua gargalhada gostosa na minha nuca me sentindo encharcar seus dedos.
Como fiz ainda agora com os meus. Por sua culpa, cretina.
Que vontade de você.
Nenhum comentário:
Postar um comentário