Coisas que a gente não sabe
Daquelas que a gente vive, claro
E nelas se enreda
Por opção, como sempre é
Inescrutável o acesso
Supomos, com as parcas informações que nos chegam
Completamos com o que parece ser óbvio
Baseados em teorias inelutáveis
Sedimentadas por esse extrato da acurácia científica:
Impressões
Confiamos
Essa credibilidade dada
É ao que recebemos do outro como certificado
Ou só à pretensão de que sabemos tudo?
De que lemos, entendemos, decodificamos?
De que podemos confiar no que chamam
Instinto
Intuição
Informação
A semelhança nos radicais debocha
Pela semelhança que reside também
Em seu poder de inebriar
(E nenhum opiáceo chega a você
dado pelos deuses, veja bem.
Foi preciso ir atrás.)
Você não tem respostas, meu caro
Não é por incapacidade sua
Você se engana que a inépcia é tortura
É toda lareira e travesseiro possível
De encontrar na vida, apenas
Não é por incapacidade alheia, tampouco
Todos lutam a mesma luta
Contra a loucura pessoal
Nos impondo constantes disfarces e fugas
É simplesmente porque as respostas
Elas não existem
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