8.11.20

Portas abertas

Ouço aquela música, a nossa música. Não tão longe, no centro da cidade, você faz o mesmo.

Você relê todas as nossas mensagens, buscando brechas pra se convencer do não, coisa que duvido que tenha conseguido fazer.

Eu vasculho cada detalhe das nossas memórias, buscando motivos pra acreditar no sim.

Você realmente duvida de que nós dois somos o presente perfeito do destino? Porque eu não.

Saber nós dois só reforça o quanto a vida pode ser generosa.

E eu agradeço a ela pelo nosso encontro. Por ter nos colocado no mesmo dia, no mesmo lugar.

Por ter me feito estremecer dos pés à cabeça quando te vi, por ter feito você ver sua atriz preferida em mim.

Pelas nossas sutis semelhanças e pelas bruscas diferenças. E pela paz que eu sinto quando tô do seu lado. E que eu sei que você sente também.

Eu baixei a guarda. Mais que isso, eu te convidei pra entrar. Limpei a casa, ordenei os móveis, armei o banquete, te estendi a mão.

Eu me despi, daquele jeito particular, só pra você. Porque só seria pra você. É você, e sou eu.

Vem?

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